quinta-feira, 30 de maio de 2013

AS FASES DA VIDA.

     Negar as fases da vida, é negar a sua própria humanidade. Todas as fases da vida possui  suas peculiaridades, erros e acertos típicos de cada faixa etária. Compreender e parar de  negar a nossa humanidade é um passo essencial para evolução  e amadurecimento humano.
 Cada fase da vida deve ser respeitada e compreendida, a adolescência com seus erros, principalmente. Na  adolescência deve ser lembrado que os hormônios estão a toda força. Muitos desses erros são impulsionados por eles, e é com estes erros que amadurecemos, -isso se formos inteligente para não os negarmos. 
    A cada fase que passamos, deve ficar em nossa mente as lembranças dos erros e dos acertos, faz parte do amadurecimento.. 
Quem esquece  da infância com suas brincadeiras, perde as alegrias reais da vida, e se torna um adulto rabugento. Quem esquece da adolescência se torna um adulto incapaz de ver a beleza e fascínio nos seus semelhantes, perde a capacidade de apaixonar-se,  perdidamente, em questões de segundos e esquecer no tempo menor ainda, ou seja, assim a vida se torna vazia. Cada fase da vida humana é preenchida com elementos típicos da idade em questão, não saber  reconhecer esses elementos durante toda a vida faz com que o indivíduo nunca seja uma criança completa, um adolescente completo, e em hipótese alguma, um adulto ou um idoso completo; sempre lhe faltará a compreensão indispensável para reconhecer a si e os que os cercam, ou seja,  será eternamente um ser vazio.  SAMUEL IVANI.


sábado, 25 de maio de 2013

CERTOS, CONTRÁRIOS





Certos, contrários


Contraditório é servir de motivação para aqueles que querem ver o seu fracasso.
Interessante é ver que essas mesmas pessoas servem também para motivá-lo.

Contraditório é viver no mundo real e não poder ser verdadeiro.
Interessante é ver a mentira se tornando verdade o tempo inteiro.

Contraditório é sentir saudade de quem não merece nem seu desprezo.
Interessante é gostar intensamente de sentir essa saudade.

Contraditório é amar quem nunca pediu para ser amado.
Interessante é amar mais ainda, cada vez que outro demonstra não merecer.

Contraditório é sonhar com contos de fadas e não se permitir perder seu coração de cristal.
Interessante é saber que você o perde o tempo inteiro, só que nas escadarias erradas.

Contraditório é adormecer e sonhar com a vida que merece, acordar e permanecer de olhos fechados para a vida.
O interessante é saber que a vida um dia abrirá os seus olhos, (ou não) e seus sonhos te levarão a imensidão da realidade.

Interessante é sonhar, sonhar e fundamentar seus sonhos em algo palpável,
E realiza-los nos sentidos mais abstratos da vida, nas vidas mais concretas que há.

Contraditório é a vida; onde os inversos de uns se encontram com os inversos de outros, e se tornam a perfeição. Não por falta de defeitos. Pelo o simples fato de sabermos encontrar o oposto de tudo e usarmos esses opostos a ponto de superarmos as imperfeições. 

Contraditório é a vida que com seus inversos se endireita, se não, se entorta mais ainda, e mesmo assim achamos perfeita.  

Samuel Ivani

segunda-feira, 20 de maio de 2013

O MENINO DA CORTE








O MENINO DA CORTE

A quem ver! Não ver. Se ver, não atenta;
garotinho sujo, descalço, a esperar atento
migalhas a mesa, que cai salivadas dos reis,
de madames enfeitadas; esmeraldas,
rubis e mais rubis e corações vermelhos.
O garoto faminto, logo à cima dele, à mesa; risadas.
Carnes nas barbas dos reis e no colo das enfeitadas.
Há sujeira aqui em baixo; pouco importa, a fome não ver.
Risadas, pisadas, gritos, o que haveria logo acima?
O garoto, a fome, os olhos, as vazias entranhas desejam ver.
Invisível garoto levanta e ver o bobo, de pernas pra cima,
Como em uma rinha. 
Todos riam do bobo desajeitado.
Bobo da corte. Seria mesmo ele bobo?
 O bobo todos veem!
Mas a maquiagem, as vestes estranhas... 
Na verdade, ninguém o ver!
Haveria por trás das vestes um sujo menino?
Todos riem do bobo e lambuzam suas barbas de gordura.
No bobo da corte um sorriso. 
Seria dele aquele sorriso?
Ou obra da maquiagem que força risos e alegrias?
Seria o bobo apenas um quadro em uma moldura?
Quadro sem vida, vida tinha quem o pintou.
Quem pinta o bobo? Não seria o próprio bobo?
O menino ainda faminto olha o bobo e não ver graça.
A fome não deixa seus risos fluírem.
Mas os reis, os reis e madames,
Esses sim, enchem-se de leitões, vinhos e risos.
O bobo menino, o menino bobo, não se sabe,
Levanta-se e agarra uma coxa suculenta.
Agora quem rir do bobo, do bobo menino?
Ninguém! Desse bobo que come, ninguém!
O bobo da corte, (bom seria se fosse a corte do bobo)
Estraçalha ferozmente a coxa e seu pescoço.
Os reis e madames assustados: que graça há neste tolo? 
O menino sujo e faminto, fora  levado a forca.
Sem maquiagem não era o bobo.
Todos riam, não do bobo da corte, do menino faminto e tolo.
As madames e reis, maquiados e enfeitados,
Para presenciar o último riso proporcionado
Por aquele, que antes bobo da corte, hoje menino bobo.
Que forca? Que tortura? A forca seria o fim!
Mas para aquele bobo menino, não sobrava ar,
Melhor seria não respirar.
                                                
                                                         Samuel Ivani 

 







sexta-feira, 17 de maio de 2013

AS PEDRAS


                       A PEDRA DO HOMEM.

O que falta às pedras são as pedras.
O que falta aos homens. 
Não são as somas, exatidões, razões
Há fios e fios em meadas de razões.
Ainda sim, o que falta aos homens sãos às pedras.

O que falta aos homens!
Não são guerras, não são glórias.
Não são trombetas ressoando vitórias.
Não são perímetros marcados em terra.
O que falta aos homens são as pedras.

O que falta aos homens,
Não são pedras sobre pedras.
Que edificam baluartes e castelos,
Não são pontos, círculos eternos.
O que falta aos homens é o que falta às pedras.  SAMUEL IVANI.

O  que falta em ti, és tu! essa frase diz tudo. 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

DE TEMPOS EM TEMPOS, ESQUECEMOS.

DE TEMPOS EM TEMPOS, ESQUECEMOS.
Em tempos de guerra se odiava os risos, em tempos de risos se amava a guerra.
Em tempos de sonhos, se odiava as conquistas, em tempos de conquistas, não se sonhava.
Em tempos de mentiras, tudo era verdade.
Em tempos de verdades, a mentira ainda era verdade.
Em tempos de mortes, a vida era venerada e havia a fuga incansável da morte.
Em tempos de vida, só se via a vida a poucos segundos da morte.
Em tempos de emoções, os lenços secavam as lágrimas.
Em tempos de dores não se usava mais lenços.
Em tempos de desculpas não se venerava o perdão.
Em tempos de perdão não havia necessidade de desculpas.
Em tempos de amores o ódio de horas se equivalia a segundos de amor.
Em tempos de ódio havia o amor verdadeiro...
Hoje, em que todos esses tempos se encontram, desses tempos se esquecem.


  SAMUEL IVANI.  

sábado, 4 de maio de 2013

JEITINHO BRASILEIRO, DIGNO DE ORGULHO?

JEITINHO BRASILEIRO. SERÁ NOSSO ORGULHO?
       Nos, brasileiros somos famosos por ter sempre um jeitinho para tudo; uma gambiarra aqui, outra ali, um remendo ali nos farrapos que sempre fomos destinados a vivenciar e vestir. Esse jeitinho brasileiro é uma forma de adaptação para as nossas condições historicamente precárias.
Claro que o jeitinho brasileiro é benéfico e nos traz muitas vantagens, mas creio que além das vantagens visíveis, ele evidencia a precariedade do nosso sistema educacional até os dias de hoje. sistema esse que nos obrigou a desenvolver o jeitinho para tudo, um remendo para tudo, enquanto podíamos desenvolver os meios certos para sermos criadores de tecnologia e não "remendadores de trapos" rasgados por nossa própria história defasada.
hoje os meios de comunicações enaltecem esse jeitinho brasileiro e instigam os brasileiros a terem orgulho dele.
    Não consigo ter um orgulho exagerado por esse jeito brasileiro, pois podíamos ser alfaiates e não concertadores de rasgos que sequer os provocamos.
O Brasil era bem vestido, tínhamos matéria prima, um potencial econômico colossal, se todo esse potencial tivesse sido usado em nosso próprio território hoje seriámos ditadores de moda e não maltrapilhos com roupas remendadas.  foram arrancadas nossas roupas, nossas vidas e hoje somos obrigados a nos orgulhar da nossa habilidade de remendar farrapos que sem escolhas vestimos.


     Sonho com um dia que em vez de dar um jeitinho para tudo, faremos o jeito certo a ser imitados por todos. ai sim! terei orgulho do jeito brasileiro. Um dia em que escolheremos um produto eletrônico nacional em vez de um importado. Um dia em que vestiremos com orgulho roupas tecidas com á habilidade de nossas mãos ensinadas por uma educação de qualidade. Um dia em que com orgulho enalteceremos nossas formas de criar e não de remendar.           SAMUEL IVANI.