sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A quem dera os girassóis


   Ah! Quem dera amar sem egoismo,  quem dera existisse algo que não exigisse recompensas, nem do outro, nem de si, mas não há. 
Ah! Quem dera andar sempre entre as estrelas, no entanto, até mesmo a luz um dia ofusca e o impede de ver o caminho, e de vez e sempre, o faz desabar em calabouços da própria mente. 
Ah! Quem dera viver apenas entre os seus. E como reconhecer os seus se sequer o conhece essencialmente? Talvez os seus sejam esses que já o suporta, talvez os seus sejam aqueles que se sentem de ninguém, talvez eles sequer existam, puramente porque você não os merece. 
Ah! Quem dera andar em estradas escuras com girassóis a perder de vista em contraste com o céu azul, porém a realidade, a real vida que se resume em respirar lhe tira os girassóis, não que eles não existam, apenas a realidade o impede de enxergá-los. 
Ah! Quem dera poder amar nos inícios meios e fins... 
Tá ai algo que você pode sempre. O amor sequer identifica em que fase se encontra, na verdade, sequer existem fases. Se o amor é real, ele apenas existe, sem necessidades de rótulos, sem contar o tempo, a fase, ele simplesmente existe. SAMUEL IVANI.