segunda-feira, 21 de abril de 2014

Eternamente...



Não, não posso! As opiniões mudam com o tempo,
Se não mudasse, não seriamos suportáveis.
Negando ou não, vivo pra chamar  tua atenção.
Odiando, amando, que seja; pois são estes sentimentos,
Apenas desculpas, denominações,  
Para aquele “importar-se” quase sempre.

Esses amores, ódios,  
Não passam de um meio para
Encontrarmos razões para gastar o tempo
Pensando naquilo em que nos importamos.
Ah..., as razões... Embora elas inclinam-se
Para um ódio quase sempre inocente,
Está quase sempre, inconscientemente,
Voltada para aquela indignação gostosa por mim mesmo,
Por não conseguir odiar completamente,
Um amor do passado que a todo o momento se torna presente,
E que mereceria deveras,  um ódio, eternamente.  

Talvez este sentimento, cujo desaparece, e retorna,
Sabe..., fraco. Como se segundos fossem capaz de destruí-lo de vez.
E retorna, inesperadamente, de vez e sempre, com uma força,
Como se o tempo, gotículas de água que caíssem do telhado,
Ou mesmo uma tempestade, das mais violentas, não fosse, jamais,
Capaz de tombá-lo para um fim, que seria, e é eternamente certo.
Talvez esta pequena faísca, que indesejadamente, se torna,
Embora em instantes,  chamas, labaredas quase sempre,
 Seja aquele sentimento, que se sentia antigamente...
Aquele que buscava e não compreendia,
Aquele mesmo, que nunca fora amor,
Talvez um misto de qualquer dor,
Aquelas mesmas... Que deveras não sentia...
Seria este, aquele eterno sentimento, que amado eternamente,
Nos corações, de quem nunca amou conscientemente,
Um eterno sentimento...? 

Pois amor... Sabe amor mesmo,
Pode si dizer, daquele ódio que não se sente.   
Mas sente-se, ainda não acabou.
 Uma coisa é certa,
Eu não existiria sem as tuas Razões,

Cujo  já eternizadas..., é, neste amor mesmo, inconsciente. 
E lembre-se! Amar-te hei, mesmo que se extinguem, 
todas as joaninhas do universo, embora nunca completamente. 

 SAMUEL IVANI