sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Poesia: suspeitas





Andarás novamente o amor a rondar a minha porta?
Será que, dentre tantos amores sarados mais uma vez eu serei ferido?
Que amor! Que dor, que sarou e eu tonto despercebi.
Se o amor mais uma vez me cerca, que de uma vez que eu sinta,
de uma vez que não minta e diga:
- estou aqui mais uma vez pra te deixar louco, cheio de sonhos,
de ilusões - estou aqui para mais um vez te fazer entender que nasceste pra amar,
mas não pra viver o amor.
Amar? Será?
-Se sim-
Que me traga logo os açoites que é pra eu me acostumar.
Que entre sem bater, pois amor que se avisa é vontade;
amor que se anuncia é necessidade.
Se for pra existir pois que seja de sopapo,
que aconteça antes de nascer a necessidade.
E que seja cíclico.
Que seja daqueles que antes de existir
nos dê a sensação que já o era desde sempre.
Porque se for pra amar,
que eu esteja ciente que vai daqui até a eternidade,
embora não passe da próxima esquina.

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