quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Ciúmes



Eu vi tu e o outro aqui
Oh deuses e anjos do inferno
Estiveste tu e o outro aqui
E aquelas flores de primavera que cantam a florir?
E aquelas flores de primavera que se vão a sorrir?
Daqui, meus olhos te olham, fixos,
não cansam,
se envergonham, mas de ti não cansam.
E quando se foram, em silêncio, me perdi
Quem dera, outrora, por fora, não visse.
Se tu fores justa, nunca mais aparece.
Deixa-me em paz, nesse rubro inferno;
Mas sei que minha tortura te divertes.

Queria, tu o sabe, transformar essa dor em flor
mas toda dor em mim é dor e
o que sobra é um tanto de amor
e ele não vive, sufoca, provoca e desfalece,
quando em meio aos espinhos da espera
te ver com o outro sempre em primavera.
Quem dera eu...

Quem dera o outro e tu aqui ainda estivesse.
Que maldita indecisão!
Oh amor de outro e não meu,
se tens que ir vá, mas deixe meu coração que sem ti não vive.
Oh! Maldita decisão: ficas, não desaparece.

Quem dera eu te ver mais uma vez,
nem que fosse pra dizer pro meu coração que ele
anda meio triste sem razão,
E que esse amor, trouxa, não passa de desfaçatez
de um coração bobo e bonachão.

Quando eu te ver mais uma vez
guardarei pra sempre o balanço da saia,
os grãos de praia que colorem em tuas pernas
e em mim ficarem.
Ah! Meu pequeno canto, se ouves, não te esqueces:
meu coração ainda por ti se envaidece e,
inocente, implora que assim seja, só não me esquece.

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