segunda-feira, 16 de junho de 2014

O verdadeiro sentido da vida



    Somos individualistas... O resto são estratégias da natureza para perpetuar a espécie. Agora nós é que damos diversos nomes para essas estratégias, como um modo de fugirmos do fato que somos animais, e não criaturas com razões místicas especiais. Somos parte da natureza, e inconscientemente(ou não) ela nos domina. Parece-me que o sentido da vida humana é a busca constante por formas de se negar este fato. Talvez Dostoiévski estivesse certo quando disse que o verdadeiro sentido da vida é correr atrás de algum objetivo, que depois de atingido, não mais é vida, e sim, princípio da morte. Talvez já tenhamos atingindo nossos objetivos.                                             


Como dizem: a vida é uma causa perdida. Somos meros elos de uma corrente chamada natureza em que temos como único objetivo; fazermos a nossa parte para que nossa espécie não entre em extinção,(reprodução e formas de garantir a sobrevivência da prole) ainda que essas estratégias acarretem na extinção de outras espécies, mesmo que,  estas,  sejam essenciais para a nossa sobrevivência. Esta é a prova que precisamos para vermos o quanto a natureza é egoísta, mesmo com todo seu comensalismo e relação mutualística entre espécies, logo, não podemos fugir do individualismo. Podemos perceber que para qualquer ser vivo, reprodução e a garantia de sobrevivência da prole é o principal objetivo. Não é a toa que muitas plantas passam todo o seu ciclo de vida, acumulando energia para produzirem estruturas para atrair polinizadores(flores) e que depois de atingido seus objetivos, morrem. Vivem para se reproduzirem. Nós humanos não nos distanciamos deste fato. O que fizemos foi inventar vários nomes diferentes para estas estratégias( amor, paixão, casamento...) para negarmos a nós mesmo que não somos dominados pela a natureza, e sim,  nós que a dominamos, assim como é descrito nas escrituras sagradas(bíblia).                                                                                                           



A vida é muito simples. Somos parte da natureza, assim como qualquer ser vivo. Temos um papel a cumprir dentro de um ciclo maior, no entanto, os homens estão se excedendo em seus objetivos; estamos indo além... O que me leva a crer, que com o passar do tempo, não mais representaremos um papel crucial para a vida na terra, talvez já não mais representemos, então teremos os mesmos fins das pragas. Pois em nossa ignorância, assim como as pragas e os parasitas, esgotaremos todos os nossos recursos, fato que nos levará a tão temida extinção. Ou a natureza nos força a retornarmos a irracionalidade, ou nos destruiremos.   Acho que já nos encontramos no princípio da morte, depois de termos atingidos nossos objetivos, no entanto, a natureza é cruel e permitirá a autodestruição, e pior, inconscientemente, em nossa busca incansável para sobrevivermos cada vez mais.  

Não tenho dúvida que a ideia de Deus surgiu na mente do homem baseada na natureza selvagem; não é à toa a sua personalidade inflexível e sádica, e o fato de muitos tornarem deuses os elementos da natureza. Mas já estou me excedendo em minhas reflexões, este é assunto para um livro de um  número eterno de páginas...  


Samuel Ivani