Vives tu, tão soberbo em tua aparência
Tão filho do rei, tão amigo dos príncipes
Tão perto das estrelas, sempre de regime.
E dentro de si mesmo, em decadência
Vives tu dos olhares dos outros
Tão lírico e suave; livre, sem arreios
Tão repugnante aos
erros alheios
E dentro de si, apenas calabouços
Não caminhas em meio aos fracos
Mas caminha! O tempo é sempre tempo
Corre, e não escolhe cara ou soberba
E há menos que o leve ao esquecimento
Olharás pra trás, e não verás a si mesmo
Verás apenas, o tempo desperdiçado...
S.I