sábado, 14 de junho de 2014

Príncipe


Vives tu, tão soberbo em tua aparência
Tão filho do rei, tão amigo dos príncipes
Tão perto das estrelas, sempre de regime.
E dentro de si mesmo, em decadência

Vives tu dos olhares dos outros
Tão lírico e suave; livre, sem arreios
Tão repugnante aos erros alheios
E dentro de si, apenas calabouços

Não caminhas em meio aos fracos
Mas caminha! O tempo é sempre tempo
Corre, e não escolhe cara ou soberba

E há menos que o leve ao esquecimento
Olharás pra trás, e não verás a si mesmo

Verás apenas, o tempo desperdiçado... 
                          
                            S.I