quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Filosofia da simplicidade: a igualdade tola



Filosofia da simplicidade: a igualdade tola  


Me pego a pensar que o ato de generalizar e separar de acordo com aspectos externos dos homens tornou-se algo comum e banal e, com isso, não percebem o antagonismo que há nesses atos instintivos se tratando da famigerada luta pela a igualdade. Grupos se generalizam e posteriormente, segregam-se de acordo com característica que os define segundo um padrão geral externo, colocando as individualidades inteiramente de lado.  

Veja que este é um erro da democracia, da luta pela a liberdade tão aclamada ao longo dos anos. Pois os homens se generalizam por critérios externos, embora digam que tais características não os definem e,  mesmo assim, contrariamente, buscam a igualdade. É-me incompreensível tal ato. Os homens amam a segregação, pois, mesmo buscando a liberdade, sempre lutam divididos em grupos; dividem-se por sexo, cor da pele, preferência sexual, por classe social, por ideais..., e mais uma lista quase que infinita. 

E nessas de ser a minoria, entram em uma luta quase que psicótica por uma igualdade que não tem nada de igualdade; desejam mais é que sejam elevados ao topo do mundo com facilidade, pois se acham especiais, pois fazem parte de uma minoria, embora essa minoria não seja em números, e sim, em ideais humanos, no caso da luta feminista.    Todas as teorias desenvolvidas a respeito da luta por certo grupo social, cujo um dia foram essenciais, hoje, referindo-me a países democráticos,  são elas totalmente inúteis.   Ora, em cada grupo separado pelo o homem, possuem aqueles que têm talento, e aqueles que não têm. Não necessariamente todas as mulheres sonham ou possuem capacidade ou aptidão para serem advogadas ou atrizes... 

Em uma sociedade, supostamente livre, são poucos aqueles com talento suficiente para se destacaram em um mundo competitivo. A vida é muito simples. Não podemos julgar que as nossas capacidades sejam compartilhadas com todos que partilham uma mesma característica física conosco. Isso me parece, não respeitar as diferenças. E para se atinja o princípio básico da igualdade e liberdade, requer o respeito às escolhas e as diferenças. E, mesmo assim, certos líderes de alguns grupos, querem inserir nos seus supostos semelhantes, a ideia de que merecem e devem lutar por cargos que eles se julgam capazes de conseguir. É um erro e, parece-me à fórmula perfeita para infelicidade e insatisfação.                                                                                                                                       

Aqueles que desejam e possuem capacidade, conseguem o que desejam. É fato. Aí, vem um revolucionário qualquer, protetor das minorias, e diz: “mas muitos não conseguem porque não tiveram educação e, portanto, merecem hoje, terem mais facilidades porque não lhes foram dada as mesmas oportunidades.” 
Retruco: “a educação hoje, embora muito defasada ainda, já pode ser buscada por todos, o que ocorre é que, muitos simplesmente não buscam.”

Numa sociedade democrática, requer apenas que cada um lute e busque o que deseje e quem tiver capacidade e força de vontade conseguirá, quem não, é se conformar com a mediocridade.  E mesmo, tudo é tão relativo, o que pode ser considerado algo medíocre para uns, para outros, sendo a mediocridade, relativamente, o máximo que se pode alcançar, é considerada o céu.    Os medíocres desconhecem a mediocridade. Com essa frase eu estou comparando os homens ao todo, porém,  cada pessoa possui sua capacidade individual e não deve ser comparada a outro individuo. Não podemos exigir que todas as aves alcem voos tão alto como as águias.                                                                                              

  Não importa se é negro, homossexual,   mulher..., quem possui capacidade e busca, embora não consiga aquilo que deseja na proporção desejada, garanto-lhes que consegue o respeito. E também todo homem apenas consegue aquilo que o seu talento proporciona. É um erro irracional  impor que os homens voem, sabendo que  nem todos possuem asas.  
Não há necessidade nenhuma que ditem o papel de cada grupo de humanos na sociedade, pois independente de tudo, a vida segue. É tudo muito simples. 

Bety Friedan, no livro intitulado "a mística feminina," evidenciou o papel da mulher na sociedade americana na década de 50 e 60, em que apenas tinham como obrigação e prazer, cuidar da casa e dos filhos, portanto, frustrando aquelas que desejavam mais. A autora notou que aquela imposição gerava insatisfação nas mulheres letradas que sentiam-se capazes de ir além daquele papel limitador. Ela estava correta, no entanto, ela, mais uma vez, cometera o mesmo erro, pois o fato dela ter exposto aquilo, de certa forma, mais uma vez quis impor um novo papel as mulheres, e isso, com o tempo, naturalmente gera uma nova insatisfação. Qualquer imposição, por mais prazerosa que seja de inicio, como o tempo, sempre gera insatisfação.  A formula, é simplesmente deixar que a vida siga seu curso natural, sem intromissões, cada um com seus anseios e sonhos e seu, conseguinte, papel ditado pelas as suas capacidades.  Nada além. Os homens acham-se sábios, e se intrometem demais. 

Deixem os homens livres para buscarem, assim, será alcançada a tão sonhada igualdade. Difícil é, no entanto, fazer com que compreendam aqueles que nasceram para lutar, que a maioria prefere apenas continuar vivendo. Aí se encontra o grande impasse para a igualdade sonhada.  Simples assim.   Deixem os homens com suas diferenças, pois delas é que surge a razão e continuidade da vida humana. 

Esses escritos lhe parecem retrógrados, medíocre, indignos dos tempos modernos?   Ah, meus caros, os medíocres não reconhecem a mediocridade.


Sabe o que eu penso de verdade: todas as mudanças que já houveram independente de tudo, haveriam ocorrido do mesmo jeito, sem as teorias sociais, sem a filosofia, na sua tola tentativa de compreender o homem. A vida segue o ciclo ditado pela a natureza, os homens, coitados, numa ânsia pelo o controle é que têm a sensação que tiveram algo haver com isso. As mudanças sociais são amplas demais para que sejam ditadas pela uma ideia humana. 
No fundo, os homens, buscam apenas a ideia que  merecem e que podem, buscar a qualquer hora,  a imensidão dos céus, mesmo tendo a certeza que jamais à alcançará.  A filosofia, nada mais é do que isso: uma ideia de conforto inútil aos fortes.   

Mania que eu tenho de pensar qualquer coisa, mesmo ciente que a vida é muito mais simples quando não se  pensa em nada. 

Samuel Ivani 

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