Somos pedaços, peças de um grande mosaico. Chego a pensar que nem por um momento somos completamente nós mesmos, pois o meio em que vivemos exige que sejamos pedaços..., ou melhor: somos, ao longo da vida, pequenos personagens de nós mesmos, de acordo com cada situação ou pessoa com quem convivemos exige, isso, desde os primórdios da humanidade. Na verdade somos fragmentos, moldados e agrupados pela a natureza ao nosso redor. Não passamos de reflexos do meio. E aquelas palavras de efeito que adoramos proferir ao aos quatros ventos, como: “somos únicos, inimitáveis,” não passam de bagatela. Viemos, ao longo da história, imitando uns aos outros..., apenas nos repetindo. E, por alguma razão que conheço bem, o que mais se vê são tolos, achando-se especiais e únicos, isso, enquanto imitam descaradamente o estilo de vida da maioria, ou ainda melhor, enquanto lutam, ironicamente, com todas as forças para ter, ou ser igual a alguém. Eu, o maior tolo de todos, sou igual a todo mundo.
Samuel Ivani