Eu devia ser astronauta,
Devia ter nascido em Marte,
Devia ser mais eu, e menos disfarce
Eu devia ver rios e não asfalto,
Ter sonhado menos e ido mais alto.
Eu devia estar do outro lado do oceano,
Eu devia ter sido solidário ajudado a mim mesmo,
devia amar menos e viver entre os deuses,
devia ser menos louco e mais humano,
devia ser eu, entre normais, o estranho.
Eu devia ter ouvido mais os duendes,
devia ter acreditado menos em tudo
Devia ter visto mais o futuro,
Devia ter rido desesperadamente,
Devia ter criado o meu mundo de gente.
Eu devia não! Devo ser mais!
Há tempo, agora é sempre eternidade.
Eu devo ser, no mínimo, felicidade,
De ser eu, em um mundo de covardes,
De me construir aos poucos, em fases.
Eu devia ter sido solidário ajudado a mim mesmo,
devia amar menos e viver entre os deuses,
devia ser menos louco e mais humano,
devia ser eu, entre normais, o estranho.
Eu devia ter ouvido mais os duendes,
devia ter acreditado menos em tudo
Devia ter visto mais o futuro,
Devia ter rido desesperadamente,
Devia ter criado o meu mundo de gente.
Eu devia não! Devo ser mais!
Há tempo, agora é sempre eternidade.
Eu devo ser, no mínimo, felicidade,
De ser eu, em um mundo de covardes,
De me construir aos poucos, em fases.