quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Mãe




No primeiro choro, um sorriso, uma lágrima de felicidade.
As mãozinhas fechadas, até parece que seguram um mundo.
A primeira respiração junto ao rosto, o toque da pele, é o mundo novo, uma nova parte da gente que nasce.
Na primeira amamentação: “ele parece tão frágil – e precisa tanto de mim”.
A primeira palavra dita, "mãe" é o universo.
Nos primeiros passos: aquele incentivo, uma vibração.
Nos primeiros tropeços: um puxão de orelha, um "vai de novo pra aprender"!
Em cada espinho e arranhões: Mertiolate, assopros, que logo vai sarar.
Nas primeiras traquinagens, uma bronca que dói lá no fundo.
Nas primeiras letras, aquele orgulho: "esse menino vai longe"!
No primeiro amor, a certeza que um dia ele vai criar asas.
Nos primeiros sonhos, um empurrão: "vai dar tudo certo"!
Na primeira conquista: um orgulho, uma vida que segue.
Nas decepções proporcionadas pelos erros comuns de todo mundo, uma esperança: "ele vai aprender algo de bom"!
Nos primeiros voos longe das protetoras asas maternas aquela insegurança: “ele ainda não sabe que
caminho seguir, eu é que sei”.
Na distância inevitável, uma saudade!
Em cada visita, um sonho realizado.
No primeiro neto: "até parece que ainda seguro aquele menino".
Nos subsequentes, é tudo igual, mas não no sentindo que não faz diferença, é tudo igual porque o amor é o mesmo.
Mãe é tudo igual, mas elas sempre fazem questão de nos lembrar que não somos todo mundo, simplesmente porque somos o mundo delas.



Nenhum comentário:

Postar um comentário