Ora! Poeta de poucas palavras,
Que tanto diz e quase nada fala.
Ora!Senhor de pouco talento,
De inspiração nos abstratos ventos,
Serás tu grande? Ou como tuas palavras, nada.
Ora! Escritor de meia tigela.
Tuas letras não encherão vielas,
Dirá o coração vazio de um mundo,
Tuas linhas vazias, trovador vagabundo,
Não reflete sequer tuas próprias mazelas.
Ora! Caro poeta das rimas pobres.
Pensador sem estilo algum, dirá nobre.
Ora! Ser humano comum, pouco mereces.
Serás sempre do tamanho que teu talento remete.
Sabe o que é a arte? É tudo. Até porcarias sem
sentido algum. Basta que alguns loucos, encontrem sentidos abstratos que nem
sequer existiram no momento que foi criado.
SORTE DE FLOR
sorte da flor que dor sentes,
Dores concretas e não
frequentes,
Flor que vives a luz do
sol,
E se contenta em ser flor
simplesmente.
Flor que vive entre
tantas.
Flor que passam os dias e
amam,
E lutam por dores
concretas,
E não por sentidos
desertos.
Sorte das flores
concretas,
Que vivem como todas á seus
objetivo,
Sorte das flores que são
belas
Que exalam perfumes, sem
rezas,
Flores de sorte! Serão
flores em aquarelas.
Ó concreta flor de
aquarela,
Entre tantas será só
flor,
Até que finde a sorte. Ó
flor amarela,
E sem esforço chegue a
murchar, desaparece,
Sorte da flor, que sempre
flor, se esquece!