quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Filosofia da simplicidade: razões do surgimento das religiões e porque elas se perpetuam até hoje





Friedrich Nietzsche dizia que a ideia de Deus estava próxima de morrer nos corações dos homens. Pensou ele, talvez, que os homens atingiriam a iluminação, a certeza de quem são, de que papel têm na terra, pois segundo a evolução, as ideias obsoletas dos homens evoluíram. Imaginou ele que, a cada dia, nasceriam mais pensadores, filósofos, que seriam suficientemente seguros de si para encontrar as respostas na vida real, no concreto e palpável. Pensou que novas correntes de pensamentos surgiriam e que, a libertação do homem dessas amarras insanas e perigosas da religião era uma certeza próxima. Enganou-se completamente. O fanatismo religioso vem crescendo a cada dia, pois os homens, quando creem em uma profecia, automaticamente, sentem-se que têm o dever de concretizá-la. As profecias são, de fato, a melhor forma de prever o futuro, pois induzem os que acreditam a enveredarem por aquele caminho previsto o tornando real. Esse é um principio básico que os charlatões que se dizem prever o futuro utilizam para ludibriar os desesperançados: indução do individuo a seguir por determinada linha. Os homens se destruirão, exatamente por conta da crença do final dos tempos, pois essa crença leva muitos fanáticos a quererem antecipar o fim, já que tolamente se autodenominam instrumentos divinos. Lógico que essa ideia é extrema, mas se tratando de religiões, essa palavras cabe muito bem.      

Caminhamos para o fim, por que aqueles que creem, querem impor suas crenças aos demais, e a melhor forma, é fazendo com que as profecias se cumpram. 

Para que a humanidade continue, muitos pensam que seria preciso que a religião desaparecesse. Mas a cada dia que passa, os homens, cada vez mais com incapacidade de pensar, se alimentam da religião. A religião cresce, ao posso que a tecnologia evolui, pois a tecnologia entrega a vida já pronta, sem espaços para os homens se construírem, logo, as convicções, as ideias, iluministas, ou qualquer que seja a vertente vão desaparecendo. 

Em tempos do TER, SER, é completamente inútil, então a tendência é seguir aquelas ideias já prontas, que embora proporcione respostas absurdas, são repostas e, automaticamente, tiram a responsabilidade de pensar, de buscar respostas em si próprios. E os homens, sempre em busca do místico, pois não aceitam sua pequenez diante do universo, se agarram a religião. Por esta razão que a religião está cada vez mais forte no mundo. Ora, o nosso cérebro demanda 25% da nossa energia diária, ou seja, pensar demanda grande quantidade de energia. Todo ser vivo parte do princípio da economia de energia, se houver ideias prontas que ele possa absolver, o permitindo poupar energia para outros fins, ele se agarrará a elas com unhas e dentes, e fará de tudo para que estas ideias não desapareçam, por que não basta crer, é preciso que demostre convicção da crença, para que aquela ideia se perpetue, embora essa convicção hoje, seja também, exatamente a perdição do homem, por conta das ideias perturbadas de alguns lideres. 
As guerras religiosas não são, senão, um principio básico da natureza: a competição por recursos; Pensar demanda energia, energia custa caro para conseguir, logo, qualquer economia é bem vinda. Muitos que lutam insanamente por sua religião, o fazem inconscientemente, pois instintivamente os homens perceberam que a religião é a melhor forma de economizar energia, logo, lutam para que essa brilhante maneira não desapareça, embora a racionalidade tenha imposto a realidade, ou ludibriado o homem, para seguir um caminho um pouco mais perturbador, ou agradável, dependendo do ponto de vista, assim, o fazendo cometer loucuras aos olhos dos homens, por que aos olhos de Deus, creio que seja comum o fanatismo religioso.  

A religião fora a melhor forma que o homem encontrou para se aproximar, ao máximo, dos demais animais irracionais. É demasiadamente doloroso para o homem a certeza da morte, e como somos únicos com essa certeza, para nos conformamos e, automaticamente, nos aproximarmos das demais "criaturas" criamos respostas simples, que não requerem que pensemos a respeito. Assim, além de economizarmos energia, nos livramos, em parte, do castigo do livre arbítrio. Ou melhor: da responsabilidade em buscarmos respostas que requerem anos de reflexão com um custo muito alto para nós. Compreendo que as ideias simples do surgimento do universo segundo as religiões se deu por conta do mundo selvagem que os homens primitivos viviam, pois para buscar repostas era preciso parar e refletir muitas horas, logo, não sobraria tempo para buscar alimento e também, parados, estes ficariam vulneráveis a predadores, então criou-se ideias simples, nos conformamos e a vida continuou... e até hoje, como não evoluímos em nada, essas ideias ainda funcionam, exatamente pelo o mesmo principio, embora mantê-las tenha custado, e há de custar um preço muito alto para os homens. É duro aceitar que somos tão simples, não é? 

Trágico? Então que pensemos a respeito, e como essa ideia escrita aqui também já se encontra pronta, a aceite, e tentemos tornar a terra um mundo melhor, sem violência religiosa, sem fanatismos fundamentados em ideias de milênios atrás, que não servem para os novos tempos, por que a vida, embora complexa para os tolos, é muito simples quando se para para pensar um pouco. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário