segunda-feira, 6 de abril de 2015

Mar de vento

Convidaram-me para o mar.
Eu não quis ir, não tinha peixe algum aquele dia.
Na verdade, nunca houve peixe algum.
Tão pouco:
Houve homem capaz de dominar as águas e trazer os peixes.
Ou desertos que sustentasse um ser-vivo por dias.
Houve fantasias, isso, sempre haverá.
Houve poetas, seguidores de guerreiros,
Que cantaram feitos comuns, como fantasiosos contos de fadas.
Eis o que houve, por isso, aquele dia, não quis ao mar.
Não aquele mar que ansiavam me levar.
Há tanto azul, tantas ondas ao meu redor.
Tolo eu seria se fosse esperar pelos os mares, que os sábios desejam me levar. 
Eu queria mais era cantar, como os poetas do passado,
E correr para o mar para alimentar-me de beleza.

Eu quis cantar e, talvez tenha realmente cantado uma vez ou outra.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário