sexta-feira, 26 de junho de 2015

Isso não é amor



Isso não é amor!
Se tu vens amanhã, já sinto a dor da despedida desde ontem.
Se não digo que a amo, exageradamente, o tempo todo, não a seguro e,
senão ouço incessantemente com maior ardor,
numa maior frequência, o mesmo de ti, não sinto que me ama.
Se não crio uma razão para amar-te a cada hora, não me sinto teu!
Se não crio uma razão para perder-te a cada segundo, não me sinto teu.
Senão me sufocas a cada suspiro, se não sinto que sem ti não vivo,
de fato morro.
Se não invento uma razão, de minhas próprias ilusões,
o tempo todo para confortar meu coração inseguro,
não tranquilizo minhas dores de nunca ter a certeza de ter-te,
embora, no coração alheio, ninguém seja de ninguém mesmo.
Isso não é amor, pois não me dei à chance de te conhecer!
Não se construiu uma amizade. Nada. Sequer te conheço.
Era preciso que tu fosses tudo que criei,
Todos os sorrisos, as características que inseri em ti,
Senão, não era a princesa de Cristal que nunca tive.
Isso não é amor, é um vício, impossível de ser saciado, impossível de ser superado.
Amor é paciente, e, principalmente, se suporta!
Talvez sejas tu, de fato, incrível, amável, linda, eu apenas não me permiti ver.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Sobre nomes



A saber ali, menina, que teu sorriso,
Leve, solto, tal qual uma gaivota que é
Livre por querer, voando no mar dos teus olhos,
Esses que lacrimejam de sorrisos sem chorar.
Sabes tu, linda; teus gestos, teus olhos grandes,
Sentido dão aos meus passos que apreciam essa
Avassaladora intensidade em existir que tu me dá.
Vou te ver ali naquela rua,
A princesa de cristal, forte como aço,
Sensível quando se encontra em meus braços.
Calma, veja ali aquela lua,
Olhemo-la juntos, perfeita, cor de prata,
Noutra vez, Amor, que olhá-la,
Com certeza saberá a distância estreita que há
Entre nossas mãos entrelaçadas.
Lembra que fui eu, não preciso gritar que
O tempo, no estalar de dedos,
Salta, quando me pego em teus carinhos a delirar.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Desculpas aos leitores



Desculpa leitor! Eu amo!
Maldita seja essa não indecisão que me assola!
Eu quero ver aquela moça de belo sorriso,
Eu queria ficar aqui, mas meu corpo quer ver aquele sorriso.
Eu queria chorar, pedir uma lágrima de esmola!
Mas me pego, sem querer, naquela rua.
Sempre fujo, pois se encontra aberta aquela porta.
O amor tirou-me a poesia!
Desculpa leitor, eu amo!
É preciso apenas viver esse amor!
Não há dor, não há mazelas, só amor!
Agora, vejo beleza apenas nesse sonho,
No fogo fátuo de um leve sono,
De um amor que é só meu e de mais ninguém.
Desculpa leitor, mas eu amo.
Poesia mesmo, apenas nasce das abdicações,
Daquilo que lhe é tirado de onde nunca foi preciso ter.
Eu,  se tenho sede,
Nos braços desse amor encontro de beber,
Eu tenho tudo, desculpa leitor.
Eu tenho tudo, pois amo.  

quarta-feira, 10 de junho de 2015

É isso que se diz






Eu devia mesmo era compreender que a gente está sempre mudando com tudo;
com as pessoas que surgem e se vão com o tempo, com as estações,
com os sonhos que cansamos de sonhar, as músicas que ouvimos,
com os livros que vamos lendo e com as pessoas que
vamos aprendendo a amar e deixando de amar também.
Tudo isso é tão natural.
São tolos aqueles que pensam que a gente só ama de verdade uma vez.
Eu já amei de tantas formas uma única pessoa;
já tive amor de saudade,
amor de vontade, de tristeza,
de falar pro mundo inteiro e,
também de profundo silêncio,
mas sempre querendo gritá-lo aos quatro ventos.
Se existe uma verdade no mundo é que não existe amor de silêncio.
Mas já amei tantas pessoas da mesma forma também,
e isso não me torna alguém desprezível, apenas humano, como tantos.
Eu talvez devesse mesmo é aceitar que se eu fosse normal,
deixaria de ser quase o todo de mim, e que sem você deixo de ser eu.

sábado, 6 de junho de 2015

Eu só quero amar-te até o infinito

Até o infinito, os meios são loucuras que digo! 
Olha! Por de trás daqueles olhos, há um Deus!
Por de trás daqueles olhos, bem distante, há um Eu!
É tudo que importa!
O mundo com seus amores, com seus martírios,
 que se exploda,
Pois por de trás daqueles olhos, sobram-lhe dores.
Vem! Me desperta uma ilusão que só eu sinto.
Não! Não sou tão tolo assim!
Tu ficas ai, com teus amigos, com tuas diversões,
Que eu solitário, permaneço aqui.
Olha bem! Por detrás daquela solidão,
Há um ser solitário que não se importa!
É preciso sumir, ou melhor, nunca aparecer!
O segredo da felicidade é não se importar!
O segredo da felicidade é ser bobo, é ser bobo!
Não sei quem sou, e tentar Ser me custa.
Olhe bem, meu bem! Não há nada por detrás daqueles olhos.
Eu criei tudo.
Ela não pensa, não tem opinião... Sorrir, mas quem não rir abertamente?
Louco eu sou,  por pensar que ela era diferente!
Tu és medíocre, como todas que conheço,
Indigna de partilhar minhas loucuras.
A quem quero enganar, por detrás daqueles olhos há um vazio.
Sempre houve... Sabiamente não digo que nunca houve nada!
Eu criei tudo!
E por detrás daqueles olhos, há apenas um eu que invetei!
Isso é triste! Tudo nessa vida é triste!
Essa perfeição que criei me tira a verdade,
Por detrás daqueles olhos
Há apenas uma menina que pensa ser qualquer coisa que nunca vai ser.
 Eis a verdade: nada me serve disso, eu só quero amar-te até o infinito!